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Montando seu próprio bazar

  • Por Crystal Ribeiro
  • 26 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura

Brechó da Mika (Foto: Crystal Ribeiro)


Renovar o guarda-roupa é um hábito que tem muitas nuances: não se trata apenas de comprar novas peças sejam elas baratas ou não, também dá para customizar os itens que já se tem nele e vestir peças de modos diferentes. Mas tem momentos que é preciso abrir espaço para o novo e se desapegar de algumas coisas. E é a partir desses desapegos que muitas pessoas estão descobrindo como ganhar dinheiro fazendo seus próprios bazares.


Marcela Lima tem 21 anos e trabalha como vendedora no Brechó da Mika, em Boa Viagem, zona sul do Recife. Frequentar brechós já era um antigo hábito seu, mas depois de conviver com o meio diariamente ela percebeu que poderia se aproveitar da experiência para ganhar dinheiro também. “Eu me apaixonei pelo ramo. Aí vi que tinha muita coisa em casa que eu não usava e pensei ‘porque não aproveitar, estilizar algumas roupas e passar adiante?’”.


A ideia é bem simples: separar peças que você não usa mais, pedir para amigos e familiares fazerem o mesmo e doarem para você. No começo, para ganhar espaço com seu novo negócio, Marcela fez um chá da tarde com as amigas na sua casa mesmo. Separou as roupas, anunciou pelo Whatsapp e pediu para elas chamarem outras amigas para participar. “Eu comecei com preços bem baratinhos mesmo, de brechó popular”. Naquele dia, Marcela conseguiu um bom dinheiro e os parabéns das amigas: elas adoraram e pediram mais tardes assim.


Desde então ela não parou, de dois em dois meses organiza o quintal da sua casa em Olinda e divulga em grupos do Facebook e Whatsapp o dia em que o próximo bazar vai ser marcado. Depois de trabalhar em uma fábrica de roupas e como revendedora de cosméticos, Marcela descobriu que era com esse meio que ela se identificava. “É muito bom poder trabalhar com o que eu gosto, com o dinheiro desses bazares eu já consigo pagar as minhas contas, o que é ótimo”.



Sendo esse apenas o início do seu novo negócio, ela dá dicas para quem, assim como ela, quer se desfazer de peças antigas do armário e ainda aproveitar para ganhar um dinheiro extra. “Qualquer um pode fazer seu próprio bazar, eu superrecomendo. O ideal é conseguir juntar a maior quantidade de roupas que puder, pedir aos amigos, parentes, vizinhos, incentivar o desapego. As roupas e acessórios precisam estar limpos e em bom estado. Se conseguir uma maquineta de cartão de crédito que possa parear com o celular também é ótimo, porque muita gente gosta de comprar com cartão”. Ela diz que falta de estrutura não é desculpa. “Pode ser no quintal, na sala de casa. Dá para improvisar araras com canos, usar suportes de panelas para pendurar roupas, pedir cabides emprestados. Vale tudo”.


Marcela enfatiza que divulgação ainda é o mais importante. “Com as redes sociais fica muito mais fácil. Existem grupos de brechós locais no Facebook, lá mesmo você pode anunciar suas roupas ou o dia do bazar. Fazer um grupo e transmissão pelo Whatsapp também é legal”. E se alguém pedir para deixar uma roupa em consignação tenha em mente que o preço não pode ser absurdo. “Tem gente que pede muito dinheiro por uma roupa que não vale tudo isso, ainda mais num bazar que acontece só de vez em quando. Tem que dá uma controlada”. Se as vendas não forem boas, não se decepcione. Vale vender pela internet e até doar para uma instituição da sua escolha. Desapegar das suas roupas também pode ser sinônimo de uma boa ação. Ou até de uma desculpa para ficar papeando com as amigas em casa.



 
 
 

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